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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Ney Matogrosso canta Mi Par D'Udire Ancora

Postado no Instagram, com o seguinte adendo


@alkistismich não sei se tem como vc pode copiar e acessar este link 🌕🌕🌕🌕🌕🌕🌕http://www.spincantor.blogspot.com 🌕🌕🌕🌕🌕🌕🌕🌕e acessar via notebook e, não sendo possivel desta forma, vc pode compartilhar no WhatsApp meu post de momentos atrás....adoro esta musica e, como vc é na Grécia, sempre lembro de vc... trata-se de um video que alguèm gravou no seu pais ...adoro suas pinturas representações de @neymatogrosso bjs


 

 "Mi Par D'Udire Ancora, de Georges Bizet, da ópera Os Pescadores de Pérolas, por Ney Matogrosso, do álbum Pescador de Pérolas (1986), com clips de home movies feitos em Hyraclion, capital de Creta, em Agosto de 2007.




https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/ney-matogrosso-canta-mi-par-dudire-ancora

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O Pescador de Pérolas foi bastante aplaudido pelo público e pela crítica

Na foto abaixo Ney de Sousa Pereira, futuro Ney Matogrosso, ali por volta dos 17 anos de idade



Álbum de Família

E na foto abaixo como Ney Matogrosso, durante apresentação do grupo Secos & Molhados na capital paulista em 1973, dá prá notar que naquele ano o grupo, em especial o vocalista Ney,  já estava com um visual bastante ousado

Kenji Honda/AEKenji Honda/AE


Grato,


http://www.youtube.com/watch?v=vapn1WZqyCQ

Ney Matogrosso: "1964" y "As ilhas"
Enviado em 03/12/2010
"As Ilhas" con letra de Geraldinho Carneiro, y "1964" poema de Jorge Luis Borges, llevan la música de Piazzolla y formaron parte de un simple editado en 1975. El disco sufrió la censura en Brasil porque, según cuenta Ney Matogrosso, "1964 fue un año muy negro en la historia de Brasil, y el censor creía que el poema de Borges hacía referencia a los hechos de aquel año...".

1964
(Jorge Luis Borges)
I
Ya no es mágico el mundo. Te han dejado.
Ya no compartirás la clara luna
ni los lentos jardines. Ya no hay una
luna que no sea espejo del pasado,

cristal de soledad, sol de agonías.
Adiós las mutuas manos y las sienes
que acercaba el amor. Hoy sólo tienes
la fiel memoria y los desiertos días.

Nadie pierde (repites vanamente)
sino lo que no tiene y no ha tenido
nunca, pero no basta ser valiente

para aprender el arte del olvido.
Un símbolo, una rosa, te desgarra
y te puede matar una guitarra.

II
Ya no seré feliz. Tal vez no importa.
Hay tantas otras cosas en el mundo;
un instante cualquiera es más profundo
y diverso que el mar. La vida es corta

y aunque las horas son tan largas, una
oscura maravilla nos acecha,
la muerte, ese otro mar, esa otra flecha
que nos libra del sol y de la luna

y del amor. La dicha que me diste
y me quitaste debe ser borrada;
lo que era todo tiene que ser nada.

Sólo que me queda el goce de estar triste,
esa vana costumbre que me inclina
al Sur, a cierta puerta, a cierta esquina.

As Ilhas
(Astor Piazzola/Geraldo Carneiro)

Vi mosca urdindo fios
De sombra na madrugada
Vi sangue numa gravura
E morte em caras paradas

Via vis de meia noite
E frutas elementares
Vi a riqueza do mundo
Em bocas disseminadas

Vi pássaros transparentes
Em minha casa assombrada
Vi coisas de vida e morte
E coisas de sal e nada

Vi um cachorro sem dono
À porta de um cemitério
Vi a nudez nos espelhos
Cristas na noite velada

Vi uma estrela no meio
Da noite cristalizada
Vi coisas de puro medo
Na escuridão espelhada

Vi um cruel testamento
De anjos na madrugada
Vi fogo sobre a panela
No forno de uma cozinha

Vi bodas inexistentes
De noivas assassinadas
Vi peixes no firmamento
E tigres no azul das águas

Mas não via claramente
A circulação das ilhas
Nos rios e nas vertentes
E vi que não via nada
Nada, nada...


Ney tem um passado de ligações com a Itália, bem no início da sua carreira solo:


Quando Ney encontrou Astor 


Na metade dos anos setenta a música da América Latina vivia um momento de grande efervescência, com o auge dos trovadores e da canção política. O Brasil porém, na sua dimensão continental ficava de costas e abria seus próprios caminhos. Uns poucos músicos mais atentos estavam também de olho na América. Ney Matogrosso era um desses músicos, com motivos suficientes que estavam no sangue mesmo. Neto de um argentino e uma paraguaia, nascido no Mato Grosso do Sul que lhe deu sobrenome artístico, Ney já trazia desde pequeno uma informação musical nutrida de várias culturas.
Nesses tempos, o compositor e bandoneonista argentino Astor Piazzolla já era uma referência da vanguarda musical e muito admirado por certo público do Brasil.
Ney já conhecia muito bem Astor quando foi assistir aquele show no Rio de Janeiro onde eles se encontraram pela primeira vez. O que Ney não sabia é que Astor -que era o completo oposto do conservadurismo do tango- também já conhecia quem era esse jovem magro, introvertido, que foi no camarim para lhe-expressar sua admiração depois do show.
Ney acabara de abandonar o Secos & Molhados no auge da popularidade da banda e disse a Astor que adoraria gravar com ele algum dia. Na hora, o autor da Suite Troileana, que tinha bem presente o registro agudo e afinadíssimo de Ney, o convidou para gravar.
Por esses dias, Piazzolla tinha dado três músicas ao notável poeta mineiro Geraldo Carneiro. Na verdade não eram músicas originais mas temas instrumentais compostos por Astor para o filme franco-chileno Llueve sobre Santiago, do diretor Helvio Soto, referente à queda do governo Salvador Allende e proibido no Chile.
As três músicas, com os versos de Geraldinho, foram Muralla China, Olhos de ressaca e As Ilhas.
Como na época Astor morava na Itália, até lá foi Ney. Juntos gravaram várias sessões em novembro de 1974, e de lá ele voltou com as fitas.
Sem querer, Astor acabou dando um impulso forte para o começo da carreira solo de Ney que, com esse material precioso, ficou empolgado para montar uma banda e lançar seu primeiro LP pela Continental.
Nessa super banda estavam entre outros os brasileiros Márcio Montarroyos e Chacal, o estadunidense Bruce Henry e o argentino Claudio Gabis.
Ney apresentou seu material novo no show O homem de Neanderthal que até hoje continua na memória de quem assistiu como um espetáculo mítico no seu casamento entre música e conceição visual.
O LP lançado em 1975 se chamou Água do Céu Pássaro, produzido por outro argentino no exílio que se deu muito bem como produtor no Brasil: Billy Bond, que junto com Gabis formara La Pesada del Rock’n’Roll, banda ícone do rock argentino.
O disco trazia junto um compacto com duas das colaborações entre Piazzolla e Ney, as músicas As Ilhas e 1964 II. Esta última sofreu os efeitos da censura, pelo que significava o 1964 na história brasileira. Nada mais longe da realidade, trata-se de uma das célebres parcerias entre Piazzolla e o escritor Jorge Luis Borges que não faz a menor referência à situação política do Brasil da época.
Por estes dias, caiu em minhas mãos um vinil de edição argentina chamado Sangre Latina. É uma coletánea de 1984 com a mesma capa daquele primeiro disco de Ney, mas com músicas de diferentes fases do cantor e que tem essas duas com Piazzolla, as duas últimas do lado B.
Fiquei imaginando como terá sido esse encontro na Itália de um argentino tanguero e transgressor com um brasileiro roqueiro e trangressor. “El Gato” Piazzolla era famoso pela sua pouca paciência.
Alguma coisa ele já tinha registrado na essência do cantor. Alguma coisa que o Brasil e o mundo estavam prestes a descobrir.



As ilhas

Vi mosca urdindo fios
De sombra na madrugada
Vi sangue numa gravura
E morte em caras paradas

Via vis de meia noite
E frutas elementares
Vi a riqueza do mundo
Em bocas disseminadas

Vi pássaros transparentes
Em minha casa assombrada
Vi coisas de vida e morte
E coisas de sal e nada

Vi um cachorro sem dono
À porta de um cemitério
Vi a nudez nos espelhos
Cristas na noite velada

Vi uma estrela no meio
Da noite cristalizada
Vi coisas de puro medo
Na escuridão espelhada

Vi um cruel testamento
De anjos na madrugada
Vi fogo sobre a panela
No forno de uma cozinha

Vi bodas inexistentes
De noivas assassinadas
Vi peixes no firmamento
E tigres no azul das águas

Mas não via claramente
A circulação das ilhas
Nos rios e nas vertentes
E vi que não via nada

Nada, nada...

As ilhas, poema de Geraldo Carneiro para a música de Astor Piazzolla, gravada por Ney Matogrosso em 1974

Foto de Astor Piazzolla de Alicia D'Amico (1975)
Foto de Ney Matogrosso, sem crédito do autor, do site Ney Matogrosso
Reprodução da capa do disco Água do Céu Pássaro (1975, gravadora Continental)
  Postado por Juan Trasmonte


Uma entrevista com Ney a Neda Nagle em 1987, onde fala deste show e desta música

Grato,




Lamentável quando não sabe seu limite.

 Cada um na sua.

 Veja essa de Zeze Di Camargo dando uma de Pavaroti.


    Não é a praia deles.

       Não porque são péssimos.

         Porque inevitavelmente se compara com o original.

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